Material a Ser Pesquisado e Estudado
Batalhão de Operações Policiais Especiais (PMERJ)
BOPE foi criado em 19 de janeiro de 1978, pelo Boletim da Polícia Militar n° 014 da mesma data [1] como Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), através de um projeto elaborado e apresentado, pelo então Capitão Paulo César Amêndola de Souza ao Comandante-Geral da PMERJ, Coronel Mário José Sotero de Menezes. Funcionando nas instalações do CFAP-31 de voluntários e subordinado operacionalmente ao Chefe do Estado-Maior da PMERJ. Pelo Bol da PM n° 33, de 07 de abril de 1982, por resolução do Comandante Geral da PM, o núcleo da companhia de operações especiais passou a funcionar nas instalações do Batalhão de Polícia de Choque, fazendo parte da orgânica daquela unidade e recebendo a designação de Companhia de Operações Especiais – COE. Em 27 de junho de 1984, através da publicação em Bol da PM n° 120, a COE passou a ser denominada Núcleo de Companhia Independente de Operações Especiais – NuCIOE, funcionando nas instalações físicas do Regimento Marechal Caetano de Farias, ficando subordinado apenas administrativamente ao BPChq, retornando sua subordinação operacional ao chefe do EMG. Posteriormente, pelo Decreto-Lei n° 11.094 de 23 de Março de 88, foi criada a Companhia Independente de Operações Especiais – CIOE, com suas missões próprias em todo o Estado do Rio de Janeiro, que seriam determinadas pelo Comandante Geral. Finalmente pelo Decreto n°16.374 de 01 de Mar 91 deu-se a criação do Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE, ficando extinto a CIOE. Em 2000 ganhou instalações próprias, localizadas no Morro do Pereirão, no bairro de Laranjeiras, na zona sul da capital fluminense. Atualmente o emprego do BOPE em situações criticas ou missões especiais está regulado pela nota de instrução n°004/02 – EMG, estando a unidade subordinada administrativamente e operacionalmente ao Comando de Operações Especiais da PMERJ[2].
[editar]Progressão em favelas
Esta técnica foi desenvolvida no Brasil pelo BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar, pela necessidade de agir no caos das ruas estreitas de favelas e morros da cidade do Rio de Janeiro. As favelas se tornaram uma área hostil à polícia devido ao crime organizado, e era um grande obstáculo para as ações policiais, pois normalmente os criminosos possuem uma visão privilegiada posicionando-se estrategicamente nos morros. O BOPE conquistou o respeito de unidades militares estrangeiras por agir nesses ambientes urbanos de alta dificuldade.
[editar]O Caveirão
O BOPE possui veículos blindados, popularmente conhecidos como "Caveirões", utilizados, principalmente, em operações onde há conflitos com narco-traficantes. Os blindados têm capacidade para uma guarnição de 12 homens, e não possuem armamento próprio, sendo o seu poder de fogo constituído pelas armas da própria guarnição. O chassi utilizado nos veículos é o mesmo encontrado no caminhão Ford Cargo 815, considerado inadequado por especialistas, uma vez que o peso do veículo, com a guarnição completa, supera as 8 toneladas de peso bruto para a qual o chassi foi projetado.
A principal finalidade dos veículos blindados é proteger a vida dos elementos da guarnição e romper as barreiras físicas utilizadas pelo narco-tráfico. Os blindados são essenciais ainda no apoio ao resgate de unidades policiais encurraladas e na remoção de feridos dos cenários de confronto.
[editar]Ingresso
Para ingressar no BOPE, o candidato deve ser policial militar da PMERJ há pelo menos dois anos, possuir excelente condicionamento físico, assim como ser aprovado nas avaliações física, médica e psicológica. São oferecidas duas modalidades de curso, para as duas atribuições da unidade:
- Curso de Operações Especiais (COEsp), com duração de três a seis meses, visando preparar o policial para intervenções em áreas de conflito e ao resgate de reféns.
- Curso de Ações Táticas (CAT), com duração de cinco semanas, que é uma síntese do curso de operações especiais.
Capacitação
Os integrantes do Bope e dos PPTs são altamente treinados através do Curso de Táticas Policiais e capacitados para atenderem ha missões de alto e altíssimo risco. Além do curso de táticas políciais o BOPE oferece o CURSO de OPERAÇÔES ESPECIAIS POLICIAIS(COESP-CAVEIRA) que é requisito para integrar o Grupo COBRA, elite com poucos homens que operam nas missoões que exigem maior preparo da tropra.
Dentre os PPTs (Pelotão de Patrulhamento Tático) destaca-se o grupo de São Miguel do Oeste um dos Mais antigos desta formação no estado catarinense que tem em seu efetivo de 15 homens um oficial, 3 sargentos, um cabo, e os demais soldados todos com formação em Curso de Táticas Policiais e ainda 50% desse efetivo é integrante da FNSP.
[editar]Treinamento
Os cursos oferecidos são:
- Invasões Táticas;
- Entradas Explosivas;
- Patrulhamentos Urbanos;
- Operações Anfíbias;
- Controle de Distúrbios Civis;
- Patrulhamento Tático.
Companhia de Operações Especiais
No início da década de 1960 foi estabelecido entre os governos do Brasil e dos EUA, o Programa de Cooperação denominado Aliança para o Progresso. Esse programa era uma resposta à Revolução Cubana, e visava a melhoria da estrutura básica nos países latinos americanos, particularmente a de Segurança Pública (Projeto Ponto IV).
No Paraná, nesse período o representante norte-americano no Brasil, Lauren D. Mullins, repassou viaturas (pick-up Willys e Jeeps), rádios portáteis e outros equipamentos, e pessoalmente indicou o Capitão Goro Yassumoto para realizar curso de especialização no Fort Bragg, Carolina do Norte, EUA.
Com o retôrno do Capitão Goro em 1964, este oficial recebeu a missão do Comando Geral de criar uma unidade de operações especiais na Polícia Militar do Paraná. O Capitão Goro então escolheu como seus auxiliares, e comandantes de pelotão, os tenentes: Douglas Villatore,Sony Martins e Dirceu Rubens Hatchback; e a Companhia de Operações Especiais foi oficialmente instituída em outubro de 1964,[3] como 5ª Cia do Batalhão de Guardas.
Em 04 de julho de 1965 a COE adquiriu autonomia e passou a subordinar-se diretamente ao Comando Geral.
[editar]Corpo de Operações Especiais
Em 5 de setembro de 1967 a COE foi transformada em Corpo de Operações Especiais, composto por três companhias.[4]
Na origem, o COE foi essencialmente uma unidade de contra-guerrilha, mas também foi onde surgiu alguns policamentos especializados que permanecem até os dias de hoje.
- Operação Praias[5]
- Reforço de policiamento no litoral do Estado devido ao aumento de população na temporada de veraneio. Atualmente, em 2010, esse policiamento é denominado Operação Verão e se estende a todo o Estado.
- Rondas Ostensivas de Natureza Especial
- A RONE foi criada na década de 1970 para atuar no combate a grupos criminosos fortemente armados; bem como em apoio aos demais Batalhões de Polícia Militar. Após a transferência do COE para oRegimento de Polícia Montada, esse policiamento permaneceu atuando até a criação do Policiamento Modular; sendo então designado como Patrulhamento Tático Móvel (Patamo). Em 1992 essa atividade voltou a receber sua antiga denominação na Companhia de Polícia de Choque.
- Policiamento Cinotécnico
- O Núcleo de Cinofilia da PMPR foi implantado em 14 de dezembro de 1971, anexo à 3ª Companhia do COE.
- Patrulha Disciplinar (PD)
- Policiamento voltado para o efetivo interno, semelhante ao serviço executado pela Polícia do Exército. Permaneceu na Cia P Choque e posteriormente foi extinto ao final do Governo Militar.
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Em 1972 foi concedido à PMPR seiscentos alqueires na Serra do Mar, para a construção de uma Base Operacional do COE. Ela estava situada no Município de Guaratuba, na confluência dos rios Caçadas e Panela, a 89 km de Curitiba. Essa base tornou-se uma excelente base de treinamento, pois a região era de difícil acesso, com mata fechada e montanhosa, e alta taxa de pluviosidade.
Em 1980 o efetivo passou ao controle do Batalhão de Polícia Florestal, mas a base permaneceu usada para treinamento nos cursos de operações especiais. Em 2005 foi definitivamente desativada, passando ao controle do IBAMA.
[editar]Lema do COE
- Primus Inter Pares (primeiro entre iguais).
Em 1973 o COE sofreu uma remodelação, visando sua transformação em Batalhão de Polícia de Choque; composto pela soma de seu efetivo com um esquadrão de polícia montada.
- A 1ª Cia COE foi transferida para o Regimento de Polícia Montada.[6]
- A 2ª Cia COE foi transferida para o Batalhão de Guardas, para compor a segurança do Quartel do Comando Geral (QCG).
- Um pelotão, incluindo-se o oficial, foi transferido para o Batalhão de Polícia Florestal.
- Seis policiais militares (Destacamento de São Pedro) foram transferidos para 6° Batalhão de Polícia Militar.
- O Canil, a Base Operacional de Canavieiras e restante do efetivo da 3ª Cia COE, também passaram ao controle do Regimento de Polícia Montada.
Essa fusão de unidades, COE e RPMon, ficou internamente conhecida como "o casamento que não deu certo", pois as Unidades possuíam fortes rivalidades e se hostilizavam mutuamente.
[editar]Companhia de Polícia de Choque
Em 1976 foi determinada a criação da Companhia de Polícia de Choque (Cia P Chq) com a 1ª Companhia do Corpo de Operações Especiais,[7] subordinada administrativamente ao Batalhão de Guardas e operacionalmente ao Comando de Policiamento da Capital. A OPM foi ativada em dezembro de 1976[8], tendo como primeiro comandante o 1° Tenente Eugênio Semmer.
Em 1977 a Companhia foi reforçada com o Canil,[9] até então subordinado ao Regimento de Polícia Montada.
A Unidade foi oficialmente constituída em 19 de abril de 1977,[10] data a partir da qual se passou a comemorar o seu aniversário de criação.
[editar]Missão da Cia P Choque
A missão da Cia P Choque eram as ações de controle de distúrbios civis e repressão a rebeliões ou motins empresídios, mas também realizava operações preventivas em áreas críticas e dava apoio ao policiamento básico. Seu efetivo estava subdividido em pelotões, os quais permaneciam aquartelados em prontidão, vinte e quatro horas por dia.
Batalhão de Polícia de Choque
A partir de 1988 a Cia P Chq passou a ser remodelada para se transformar em Batalhão de Polícia de Choque; sendo seu efetivo reforçado com dois novos pelotões a serem redistribuídos em três companhias.
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Entretanto, apesar da estrutura ter sido formada, devido às conjecturas do pós-abertura política, o governo estadual não oficializou a criação da nova OPM, alegando que seria uma corporação de repressão política. A estrutura operacional não foi desativada, e a "companhia" passou a ser comandada por um major; subdividida em "policiamentos", comandados por capitães.
[editar]Rondas Ostensivas de Natureza Especial
Em 1988 havia sido ativado o Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO). Em 1992 o PATAMO foi transformado em Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE). A RONE se constitui basicamente em uma tropa especializada em combate à criminalidade violenta; tais comoroubos executados por quadrilhas e gangues, latrocínio, extorsão mediante sequestro e tráfico de entorpecentes. Sua missão é atuar extensivamente nos bairros onde os índices de criminalidade são mais altos, através de operações de batida policial, bloqueio, presença e cercos policiais.
A RONE atua com viaturas de médio porte, guarnecidas com quatro ou cinco policiais militares, com armamentos e equipamentos específicos; possuindo forte capacidade de ação e reação, principalmente por meio de abordagens e buscas pessoais, na repressão e prevenção decrimes. A unidade atua ainda em controle de distúrbios civis, defesa e retomada de pontos sensíveis, escoltas de dignitários e numerários, e outras atividades de manutenção da ordem pública.
[editar]Comandos e Operações Especiais
O Comandos e Operações Especiais atua especificamente em ocorrências que envolvam reféns ou grupos fortemente armados, ou ainda, em situações que exijam equipamentos e armas especiais.
Em 1987, um frustrado assalto a banco na cidade de Goioerê, interior do Paraná, tomou a atenção dos jornais de todo o país, pois as pessoas que se encontravam dentro da agencia bancária tornaram-se reféns dos marginais. A situação perdurou por dias e muitos erros foram cometidos; causando constrangimentos à polícia paranaense.
Em Curitiba, o então comandante da Cia P Choque, Major Valter Wiltemburg Pontes, oficial veterano do antigo Corpo de Operações Especiais, se dirigiu ao comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), Coronel Wilson Odirley Valla, solicitando apoio para criar um pelotão de operações especiais semelhante à SWAT estadunidense.
Após um período de treinamento e seleção, o pelotão foi ativado em 4 de julho de 1988; e recebeu a denominação de COE (Comandos e Operações Especiais), em homenagem ao antigo Corpo de Operações Especiais (1964 a 1976). O Oficial escolhido para comandar o referido pelotão, foi à época, o 2º Tenente Nerino Mariano de Brito, dando início prático aos trabalhos.
Desde a formação o COE passou por diversas configurações, porém, sempre constituído pelas seguintes equipes básicas: equipe de negociação; equipe de assalto; equipe de atiradores; e equipe antibomba.
[editar]Equipe de Negociação
É a equipe principal. Constituída por psicólogos e pessoal com especialização na área, procura de todas as maneiras resolver a situação através do diálogo.
[editar]Equipe de Assalto
Localiza, identifica e neutraliza marginais armados, com ou sem reféns em seu poder, e realiza ações em edificações, veículos, ou campo aberto. O emprego da Equipe de Assalto é condicionado ao:
- Perigo iminente à vida de inocentes dentro ou fora do cativeiro;
- Execução sumária de algum refém por parte do sequestrador;
- Fracasso de todas as possibilidades de negociação.
[editar]Equipe de Atiradores de Precisão
Coleta informações, neutraliza marginais armados através do tiro seletivo, provê apoio de fogo e realiza ações anti-material.
[editar]Equipe Antibombas
Localiza, remove e desativa artefatos explosivos de ordem delituosa, e realiza varreduras preventivas em locais ou eventos.
[editar]Canil Central
O Canil Central é o órgão responsável pela coordenação e controle do Serviço de Cinofilia da Polícia Militar do Paraná. Em 1977 o Canil passou a subordinar-se à Companhia de Polícia de Choque. Na mesma data foi instituído o Sistema de Manutenção de Cães;[13] no qual foi estabelecido que o Canil da Cia P Choque seria o difusor de doutrinas de treinamento e centro de criação de cães, de todos os canis da corporação.
Batalhão de Operações Especiais
A Companhia de Polícia de Choque somente foi transformada em Batalhão de Operações Especiais em outubro de 2010,[14] pelo Governador Orlando Pessuti.
[editar]Estrutura Administrativa
- P/1 - Seção de Pessoal
- Subseção de Justiça e Disciplina
- P/2 - Seção de Informações
- P/3 - Seção de Operações
- P/4 - Seção de Logística
- Tesouraria, Almoxarifado (material em estoque), Furrielação (material de uso diário) eTransportes
- P/5 - Seção de Relações Públicas
- Equipe de Negociadores (ocorrências com sequestro de pessoas)
[editar]Desdobramento Operacional
- 1ª Companhia de Polícia de Choque - RONE
- 1° Pelotão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial
- 2° Pelotão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial
- 2ª Companhia de Polícia de Choque
- 1° Pelotão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial
- 2° Pelotão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial
- 3ª Companhia de Polícia de Choque - CDC
- 1° Pelotão de Controle de Distúrbios Civis
- 2° Pelotão de Controle de Distúrbios Civis
- 4ª Companhia de Polícia de Choque
- 1° Pelotão de Controle de Distúrbios Civis
- 2° Pelotão de Controle de Distúrbios Civis
- 5ª Companhia de Operações Especiais - COE
- Equipe de Ações Táticas
- Equipe de Atiradores Táticos de Precisão
- Equipe de Explosivos
- 6ª Companhia de Polícia Cinotécnica - Canil
- 1° Pelotão de Polícia Cinotécnica
- 2° Pelotão de Polícia Cinotécnica
[editar]Missão do BOPE
- Polícia ostensiva de segurança específica, de preservação e restauração da ordem públicapelo emprego da força, mediante ações e operações de polícia de choque, particularmente quando a ordem pública estiver ameaçada ou já rompida e requeira intervenção pronta e enérgica da tropa especialmente instruída e treinada;
- Em situações de distúrbios, resgates, sequestros com reféns, controle de rebeliões em estabelecimentos penais, ações antitumultos,antiterrorismo, desativação de artefatos explosivos e similares, escoltas especiais, defesa de pontos sensíveis e retomada de locais ou áreas ocupadas;
- Encarregado também de ações em situações de grave comprometimento da ordem pública;
- Operações de patrulhamento tático com vistas a combater as ações do crime organizado e de alta periculosidade e operações especiais diversas, conforme diretrizes do Comandante-Geral.
[editar]Coincidências
- A COE (Companhia de Operações Especiais) foi criada exatamente no dia e mês em que foi criado o BOPE (27 de outubro).
- A COE surgiu como 5ª Cia do BG em 1964. A COE atual é a 5ª Cia do BOPE.
[editar]Cursos de especialização
O primeiro curso oficializado no COE foi o Curso de Guerra Não Convencional (Guerra de Guerrilha), em novembro de 1967.[15]Entretanto o distintivo já havia sido autorizado em junho de 1966,[16] devido o curso estar ocorrendo sem regulamentação oficial. Posteriormente, em junho de 1981, foi criado o Curso de Operações Especiais,[17] cujo distintivo foi instituído em setembro do mesmo ano.[18]
O Curso de Controle de Tumultos ocorreu primeiramente em 1963, mas somente foi oficializado em 1967.[15] No ano 2000 o curso foi readequado para Curso de Controle de Distúrbios Civis,[19] tendo sido adaptado o seu currículo devido este estar vinculado ao período deGuerra Fria.
Guerra de Guerrilhas 1967 |
Controle de Tumultos 1967 |
Operações Especiais 1981 |
Controle de Distúrbios Civis 2000 |
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Coordenadoria de Recursos Especiais
CORE Coordenadoria de Recursos Especiais |
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Estado |
![]() ![]() |
Instituição | Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro |
Subordinação | Subchefia Operacional da PCERJ |
Sede | Cidade do Rio de Janeiro |
Efetivo | Policiais civis especializados |
Missão | Operações policiais especiais |
Direção | |
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Direção Superior | Chefe da Polícia Civil |
Chefe | Coordenador da CORE |
Outras informações | |
Criação | 4 de julho de 1969 |
A Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) é uma unidade especial da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, destinada à intervenção policial em ocorrências que exijam excepcional adestramento, pela complexidade do trabalho e riscos que o envolvem.
História
É originária do Grupo de Operações Especiais (GOE), criado na Secretaria de Segurança Pública do estado da Guanabara, pela Portaria "E" nº 947, de 4 de julho de 1969, por inspiração do Inspetor de Polícia José Paulo Boneschi (seu primeiro chefe), em época que surgiam os primeiros focos de terrorismo político no país, com séria ameaça, principalmente, para a população civil.
Esse primeiro grupo, constituído de pessoal verdadeiramente especializado e destinado a apoiar as demais unidades policiais civis daquele extinto estado, deveria possuir espírito de equipe em alto grau,dominar a técnica de desativar e desmontar engenhos explosivos, ter completo conhecimento do armamento e saber utilizá-lo com maestria, bem como, formação em alpinismo militar, operações helitransportadas e artes marciais.
O desempenho bem sucedido desse primeiro grupo integrado por apenas doze homens, fez com que o governo decidisse ampliá-lo e pelo Decreto de agosto de 1971 criou o Serviço de Operações Especiais - SERESP, agora integrado por trinta e oito policiais, com cursos de comando, pára-quedismo e outros, subordinado à Superintendência de Polícia de Segurança da SSP e posteriormente ao Departamento Geral de Investigações Especiais (DGIE) da Polícia Civil. Foi o SERESP a primeira unidade policial no Brasil a formar atiradores de elite, e, para tal, contava com sete fuzis Winchester M70 equipados com lunetas.
Recebeu, ainda, outras denominações, após a fusão do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, como Divisão de Operações Especiais - DOE, Coordenadoria de Inteligência e Apoio Policial - CINAP e, finalmente, Coordenadoria de Recursos Especiais -CORE.
[editar]Serviços
A sua estrutura é integrada pelas seguintes unidades operacionais:
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Serviço de Operações e Táticas Especiais - SOTE
- Seção de Operações Táticas – SOT;
- Grupo de Operações Especiais – GOE;
- Seção de Operações Aéreas – SOA;
- Seção de Operações Marítimas e Ribeirinhas – SOMAR;
- Seção de Gerenciamento de Crises – SGC;
- Seção de Treinamento Especializado – STE;
- Seção de Logística e Equipamentos – SLE.
- Serviço de Apoio Policial - SAP
- Serviço de Planejamento Operacional - SPO
- Serviço Aeropolicial - SAER
- Esquadrão Anti-bomba - EAB
- Serviço de Suporte Operacional - SESOP
[editar]O policial da CORE
São policiais civis, voluntários, selecionados, especializados em todas as atividades operacionais do órgão, devendo ser destemidos,prudentes, honestos, cultivar o companheirismo e servir com fidelidade a sua Instituição e a sociedade.
[editar]Missão
A principal atuação da CORE envolve o apoio operacional policial em áreas de alto risco, infestadas pela delinqüência e quadrilhas de narcotraficantes fortemente armadas.[1] É a força precursora para ingresso na área da operação e nos locais mais críticos. É a primeira força policial a entrar e a última a sair, dando segurança para que as equipes de outras unidades possam fazer o seu trabalho (como o cumprimento de mandados judiciais de buscas ou de prisões etc.).
Embora a CORE tenha-se destacado pelo apoio que presta aos outros órgãos policiais, também executa serviços de importância, como, por exemplo, desativação de artefatos explosivos, resgate de reféns, operações com cães farejadores, confecção do retrato falado e segurança de autoridades.
[editar]Treinamento
O treinamento intensivo e diário é fundamental para os policiais da CORE, cujo principal desempenho consiste no apoio operacional em áreas de alto risco. Quando os policiais não estão participando de operações, executam rigorosos exercícios especializados que vão assegurar o bom desempenho e diminuir as possibilidades de erros. O treinamento envolve tiro de precisão, combate em ambientes confinados, missões de reconhecimento urbano, desativação de artefatos explosivos, rapel, paraquedismo, e mergulho autônomo.
A unidade mantém uma Seção de Treinamento Especializado, ministrando cursos teóricos e práticos para o seu pessoal, extensivos aos demais setores da Polícia Civil e outras forças policiais que deles necessitem. Alguns integrantes são treinados nas Forças Armadas e no estrangeiro, em países como Estados Unidos, Itália, Israel e Colômbia, multiplicando os conhecimentos ao regressarem.
A Coordenadoria de Recursos Especiais introduziu uma nova tática de "Combate em Ambiente Confinado" (CQB), desenvolvida por seus operacionais e designada como Entrada CORE. Trata-se de procedimento destinado a conferir maior segurança nas operações reais, surgido da experiência da unidade operacional e aperfeiçoada no curso dos seus treinamentos. A entrada em ambientes confinados, onde podem estar marginais e suas vítimas, exige extrema cautela.[2]
[editar]Tecnologia
A tecnologia colocada a serviço da CORE veio contribuir para uma atuação eficaz diante do arsenal bélico dos delinqüentes. Armamento moderno, o emprego de veículos blindados, reforçado pelo apoio aéreo dos helicópteros, possibilita vencer as dificuldades impostas pela topografia da cidade do Rio de Janeiro, com morros e encostas que propiciam esconderijos e facilitam as fugas. Apesar da freqüente intensidade dos conflitos, a Polícia Civil tem procurado resguardar os habitantes das localidades envolvidas dos transtornos que as operações policiais podem causar.
[editar]Armamento
Por ser uma unidade de elite a CORE necessita de armamento diferenciado:
- Fuzil Colt M4 A1 calibre 5.56x45
- Fuzil Colt M16 A2 calibre 5.56x45
- Fuzil Heckler & Koch G3 calibre 7.62x51
- Fuzil FN FAL calibre 7.62x51
- Fuzil IMBEL MD97 calibre 5.56
- Submetralhadora Heckler & Koch MP5 calibre 9mm
- Pistola Taurus PT 92 calibre 9mm
- Pistola Taurus PT 99 calibre 9mm
- Pistola Taurus PT 24/7 .40 S&W
- Pistola IMBEL MD5 .40 S&W
- Rifle M40 7.62x51 (Sniper)
[editar]Operações
Dentre as rotineiras operações policiais em que a CORE tem participado desde a sua criação, incluiram-se as operações em resposta aos atos de violência praticados pelo crime organizado em 2010. Durante essas ações foram invadidos e reconquistados importantes territórios que estavam há muito tempo sob o domínio da facção criminosa chamada de Comando Vermelho.[3]